domingo, agosto 05, 2007

DESCALABRO HUMANO


Descalabro humano
Abre-se a cortina do teatro insano
Trocam-se confidências, tecem-se teias
As afinidades brotam com vigor
Inimizades também

Olhamos cada um com receio, com rancor
A amizade é periférica, frágil, não saudável
Como praticamos hoje o desenvolvimento sustentável.

Os olhos buscam permissão pra fala
Todas as palavras são estudadas, calibradas
Circunda o medo da incompreensão
Nas palavras quem não tem certeza se cala
Os descompassos de cada um
Vemos na atitude e no olhar
Uns açoites, gelo, outros buscam
O doar de um bem comum

Auto ajuda, oração, já não sabemos
Quem é confiável mas procuramos quem é irmão
Adoecemos por nós e por quem nos é caro
Não temos no peito plástico, mas músculo
E como sabemos não reciclável

Todos têm opção
Adotar intrigas ou excluir os que se ocultam em meias frases
Visando à discórdia a falta de conduta
Ética é fundamental, contrária à má disputa

Que exemplo somos nós
Se dá integridade e da igualidade agente se distância
Pobre são aqueles que acham que a vida são cargos, dinheiro e poder
Vão-se os dedos, ficam-se os anéis
Mais importantes pra mim são
Deus minha família e amigos fiéis.


Ricardo Melo