TEATRO OU VERDADE

Escrevemos textos que viram dramas
E são encenados de maneira tal
Que as expressões teatrais
Nos convencem que a história é real

Cada um de nós escreve o próprio livro
E cada página mostra uma parte do que somos
Podemos deixar folhas em branco
Omitir algumas linhas
Mas é no tempo com certeza
Aquele que você escreve sua vida
Toda cura ou toda ferida

Quanto a platéia, testemunhas da alegria ou da dor
Também são detentoras dos próprios livros
E assim como todos, deixarão um legado
Viveram pela verdade ou flertaram com o lado errado

No final de tudo fica a "alma"
Cada palavra dita, cada ato cometido
Elevará ou declinará nosso Espírito
Pensemos muito então
Na tomada de qualquer decisão

UMA PARTE BIPOLAR

Tem dias que pareço tenso
Talvez porque não diga as coisas que penso
Baixa em mim desalento
Céu escuro, cinzento

Tem dias que sou palhaço
Nada me vence nem o cansaço
Mas se tenho dor
Não disfarço

Tem dias que sou auto estima
A vida flui bem como rima
Tudo de melhor acontece
Nada me aborrece
Até a velha rotina

Tem dias que sou pastor
Só o bem me afeiçoa
Prego a palavra certa
Me divago em Filosofia
Dia e noite, noite e dia
assim caminho e afasto a monotonia

SINA

Não existe sina
Quando se encontra no sorriso
E na maneira de ver todas as coisas
um ponto de inicio e não final

Quando damos um norte ao destino
Que nos carrega, mas que encontra desvio
Quando dizemos não e damos um basta ao que nos faz mal
E levantamos nossa auto estima
Essa é com certeza a nossa vacina.

LENÇOIS MARANHENSES