quarta-feira, julho 16, 2008

LÚCIDO COMO UM CLARÃO


Ficamos nos procurando
E não percebemos que nos encontramos
Os olhos quase falam
E a boca quase morde
De tanta vontade
E de tão perto que estamos

Pra que buscar o imaginário
Se é real nossa existência
Mais confuso fazemos parecer o momento
Queremos que o nosso melhor vire tormento?

Vamos viver nosso dia
E esperar bem devagar a tarde chegar
Pra que a pressa se o destino do rio é o mar

Fazemos parecer confuso o óbvio
Como se não tivessemos tato,olfato
E ficamos cegos diante do mais lúcido clarão.

Afinal sejamos honestos
Somos a metade de um número inteiro
E tudo o que falamos ou pensamos de nós é verdadeiro.

Ricardo Melo

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